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sábado, 21 de maio de 2011

MALFORMAÇÕES CONGENITAS DO ESÔFAGO


ATRESIA ESOFÁGICA

A atresia de esôfago (AE) é uma afecção congênita caracterizada pela interrupção do desenvolvimento do esôfago. Durante a 3º e 4º semanas de gestação a porção cranial do intestino primitivo, por meio da formação de um entalhe lateral que, conforme seu desenvolvimento vai dividindo formando anteriormente a traquéia e posteriormente o esôfago.
A incidência de AE varia de 1:2500 a 4500 nascidos vivos. Estudos populacionais mostram uma discreta predominância de AE no sexo masculino com uma taxa de 1,2 sobre o sexo feminino. A chance de ocorrência de AE é maior em fetos na primeira gravidez, nas gestantes com idade avançada, com diabete melito e naquelas sofreram exposição prolongada à droga tais como contraceptivos orais e talidomida).
Anomalias cromossômicas ocorrem em 6,6% dos portadores de AE, sendo as mais conhecidas as síndromes de Patau, Edward e Down, respectivamente trissomias dos cromosomos 13, 18 e 21. A AE é acompanhada de 40 a 57% dos casos de outras malformações investigando 253 neonatos encontraram 122 deles (48%) com malformações, encontrando ao todo 213 malformações sendo 29% cardiovasculares, 14% anomalias anorretais, 14% geniturinárias, 13% gastrintestinais e 10% de associação de VATER ou VACTERL.
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 A incidência das malformações cardíacas, maior responsável pela mortalidade das AE, varia de 11 a 44%. Os defeitos do septo ventricular, a tetralogia de Fallot e a coarctação da aorta são as malformações cardíacas mais freqüentes.



DIAGNÓSTICO

No período pré-natal o feto portador de AE pode ser identificado à ultra-sonografia por apresentar diminuição ou ausência da bolha gástrica, associado à presença de polidrâmnio (aumento do líquido amniótico). Ao nascimento, o diagnóstico de AE é feito na sala de parto pelo Neonatologista devido à impossibilidade de progressão da sonda oro - gástrica, sendo a manifestação clínica mais comum do diagnóstico a excessiva salivação (D), presente nas primeiras horas de vida. Quando não é diagnosticada na sala de parto, a AE pode provocar tosse, cianose, dispnéia e sufocação e/ou aspiração de leite no início da alimentação.
O diagnóstico radiológico de AE pode ser feito pela colocação de sonda oro - gástrica injetando-se 2 ml de ar com o intuito de promover pequena dilatação na porção atrésica proximal do esôfago, que é demonstrado à radiografia simples de tórax na incidência antero-posterior .

Se ainda houver dúvidas tanto no diagnóstico de AE quanto à localização do coto proximal do esôfago, preconiza-se a injeção de 0,5 a 1 ml de contraste iodado hidrossolúvel não iônico pela sonda, com objetivo de se evidenciar a porção proximal atrésica (Figura B). A radiografia simples de tórax e abdome na incidência Antero-posterior ainda auxilia na verificação da existência de ar no abdome, indicando que existe comunicação da árvore respiratória com o trato digestivo).

TRATAMENTO

O tratamento da AE consiste na reconstrução do trânsito do tubo digestivo por meio da união, por sutura simples, das duas extremidades do esôfago, isto é, da proximal atrésica com a distal, que pode estar em comunicação com a traquéia na maioria dos casos (FTE - fístula traqueo-esofágica). 
O abordagem do esôfago e traquéia, na região do tórax chamada mediastino posterior, é feita por meio de incisão de toracotomia posterior direita, na borda inferior da Escápula, na altura do 5º espaço intercostal (incisão de Marchesi).
Esta é uma cirurgia que requer profissional da Cirurgia Pediátrica e Anestesista experientes, e um serviço onde haja uma Unidade de Terapia Intensiva especializada em recém-nascidos, em especial, os cirúrgicos.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

http://www.drwilly.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=18&Itemid=33

POSTADO POR: RAYNARA PINHEIRO AMARAL

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