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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Anemia Falciforme


O que causa anemia falciforme?

A anemia falciforme é uma doença hereditária. Pessoas que têm a doença herdam dois genes para hemoglobina falciforme e um de cada pai.hemoglobina falciforme faz as células vermelhas do sangue para desenvolver uma foice ou crescente, a forma. As células falciformes são duros e pegajosos. Eles tendem a obstruir o fluxo sanguíneo nos vasos sanguíneos dos membros e órgãos.fluxo sanguíneo bloqueado pode causar dor, infecções graves e danos nos órgãos.


Traço Falciforme

As pessoas que herdam um gene da hemoglobina falciforme de um pai e um gene normal do outro progenitor tem uma condição chamada de traço falciforme. Seus corpos fazem hemoglobina falciforme e da hemoglobina normal.
As pessoas que possuem o traço falciforme, normalmente têm poucos, se algum, sintomas e levar uma vida normal. No entanto, algumas pessoas podem ter complicações médicas.
As pessoas que possuem o traço falciforme pode passar o gene da hemoglobina falciforme aos seus filhos. A imagem seguinte mostra um exemplo de um padrão de herança para traço falciforme.
A imagem mostra como os genes da hemoglobina falciforme é hereditária. Uma pessoa herda dois genes da hemoglobina e um de cada pai. Um gene normal de hemoglobina normal (A). Um gene da hemoglobina falciforme fará hemoglobinas anormais (S).
Quando ambos os pais possuem um gene normal e um gene anormal, cada criança tem uma chance 25 por cento de herdar dois genes normais, uma chance de 50 por cento de herdar um gene normal e um gene anormal e uma probabilidade de 25 por cento de herdar dois genes anormais. Globulos vermelhos normais (A) e com anemia falciforme (B).

Como a anemia falciforme é diagnosticada?

Um simples exame de sangue, feito a qualquer momento durante a vida de uma pessoa, pode detectar se ele ou ela tem hemoglobina falciforme. No entanto, o diagnóstico precoce é muito importante.
Nos Estados Unidos, todos os testes mandato Estados para a anemia falciforme como parte de seus programas de triagem neonatal. O exame usa amostras de sangue do mesmo sangue utilizado para outros testes de triagem neonatal de rotina.O teste pode mostrar se um recém-nascido tem hemoglobina falciforme.
Os resultados dos testes são enviados para o médico que solicitou o teste e para o médico do bebê dos cuidados primários. É importante dar as informações de contato corretas para o hospital. Isso permite que o médico do bebê para obter os resultados dos testes o mais rápido possível.
Os profissionais de saúde a partir de um programa de rastreio neonatal acompanhamento pode contatá-lo diretamente para se certificar que você está ciente dos resultados dos testes.
Se o teste mostra algumas hemoglobina falciforme, segundo um exame de sangue é feito para confirmar o diagnóstico. O segundo teste deve ser feito o mais rapidamente possível e dentro dos primeiros meses de vida.
O médico da atenção primária pode mandá-lo para um hematologista para uma colheita de sangue. A hematologista é um médico especialista em doenças do sangue e transtornos. Este médico também pode oferecer tratamento para a doença falciforme, se necessário.
Os médicos também podem diagnosticar a doença falciforme antes do nascimento.Isso é feito utilizando uma amostra de líquido amniótico ou de tecido retirada da placenta. (Fluido amniótico é o fluido no saco que envolve o embrião em crescimento. A placenta é o órgão que atribui o cordão umbilical ao ventre da mãe.)
Teste antes do nascimento pode ser feito tão cedo quanto 10 semanas de gravidez.Este teste procura o gene da hemoglobina falciforme, ao invés da hemoglobina anormal que o gene faz.

Como a Anemia Falciforme pode ser prevenida?

A anemia falciforme é uma doença hereditária. Se uma pessoa nasce com ele, devem ser tomadas medidas para reduzir suas complicações.
As pessoas que estão em alto risco de ter um filho com anemia falciforme e estão planejando ter filhos pode querer considerar o aconselhamento genético. Um conselheiro pode explicar o risco (probabilidade) de ter um filho que tem a doença.Ele ou ela também pode ajudar a explicar as opções que estão disponíveis.
Você pode encontrar informações sobre o aconselhamento genético dos departamentos de saúde, centros de saúde de bairro, centros médicos e clínicas que cuidam de pessoas quem têm anemia falciforme.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
http://www.nhlbi.nih.gov/health/dci/Diseases/Sca/SCA_Causes.html

POSTADO POR : CLAUDIA VALÉRIA BARBOSA DA SILVA

Mutação genética


Uma mutação é definida como qualquer alteração permanente do DNA. Pode ocorrer em qualquer célula, tanto em células da linhagem germinativa como em células somáticas. As mutações envolvem Mutações Cromossômicas (quebra ou rearranjo dos cromossomos) e Mutações Gênicas.
A mutação é uma modificação da informação genética, e que pode resultar em indivíduos ou células com alterações fenotípicas. A mutação é qualquer mudança na seqüência do DNA no genoma. Existem dois tipos de mutação. A mutação pontual, que é uma mudança que afeta uma única posição no gene. Isto pode causar mudanças na proteína por ele codificada.
As mutações pontuais são muitas vezes geradas por erros na duplicação do DNA ou na hora transcrever o DNA para RNA. As mutações cromossômicas, que podem ser alterações no número dos cromossomos de uma célula, ou podem ser alterações estruturais, rearranjos do DNA. Elas podem ser provocadas durante algumas das etapas da divisão celular, durante a segregação dos cromossomos, ou durante o momento do crossing over. Podem existir agentes mutagênicos, que induzem as mutações, corantes artificiais, conservantes, radiação, ondas eletromagnéticas, são alguns deles. A síndrome de Down ou mongolismo é uma doença provocada por uma mutação cromossômica numérica, uma trissomia do cromossomo 21. O cromossomo pode perder um pedaço, é mutação estrutural chamada de deficiência; esse pedaço pode inserir-se em outro cromossomo, acontece então uma translocação, que é uma anomalia estrutural na qual um pedaço de um cromossomo se insere em outro não homólogo. O cromossomo pode sofrer duas quebras e o pedaço intermediário sofre um giro de 180o e soldam-se as extremidades de uma forma invertida, é a inversão.
Os efeitos de uma mutação sobre o fenótipo variam enormemente. Algumas podem não ter efeito perceptível e outras podem possuir efeitos deletérios sobre a probabilidade de sobrevivência e ou reprodução do organismo. Se a mutação acontece no genoma das células germinativas, ela pode muito provavelmente passar para outras gerações, o que pode ser muito perigoso para a sobrevivência do indivíduo dependendo da mutação. Algumas mutações foram selecionadas pelo homem por apresentar um interesse econômico. A laranja “baiana” é um exemplo típico, ela é devida a uma mutação que ocorreu em 1870 numa única laranjeira da Bahia e, posteriormente, foi cultivada pelo homem.
Nas populações as mutações gênicas que ocorrem levam a introdução de novos tipos de genes, que contribuem para aumentar a variabilidade genética. Se as novas mutações forem adaptativas às condições ambientais elas serão mantidas, caso não sejam elas serão eliminadas da população pela seleção natural. Alguns organismos como as bactérias e vírus podem provocar alterações no DNA da célula, pois eles podem carregar material genético de outras células e introduzi-lo no genoma da célula infectada. Bactérias e alguns eucariotos freqüentemente carregam no seu citoplasma moléculas de DNA circularizadas, e que se replicam independentemente, conhecidas como plasmídios. Alguns desses plasmídios podem afetar o fenótipo da célula, dando-lhe resistência a antibióticos.
Substituição de Nucleotídeos


A substituição de um único nucleotídeo ( ou mutação de ponto ) numa seqüência de DNA pode alterar o código de uma trinca de bases e levar à substituição de uma trinca de bases por outra.
Mutações de Sentido Trocado


Alteram o "sentido" do filamento codificador do gene ao especificar um aminoácido diferente.


Mutações Sem Sentido


Normalmente a tradução do RNAm cessa quando um códon finalizador ( UAA, UAG e UGA) é alcançado. Uma mutação que gera um dos códons de parada é denominada mutação sem sentido.
Mutações no Processamento do RNAm

O mecanismo normal pelo qual os íntrons são excisados do RNA não processado e os éxons unidos para formar um RNAm maduro depende de determinadas seqüências de nucleotídeos localizadas nos sítio aceptor (intron/exon) e no sítio doador (exon/intron) . As mutações podem afetar as bases necessárias no sítio doador ou aceptor da emenda, interferindo na emenda normal do RNA naquele sítio ou podem envolver substituições de bases dos íntrons, podendo criar sítios doadores ou aceptores alternativos que competem com os normais durante o processamento do RNA.
Deleções e Inserções


Causadas pela inserção ou deleção de um ou mais pares de bases.
Deleção e Inserção de Códons


Quando o número de bases envolvidas não é múltiplo de três, a mutação altera a leitura da tradução a partir do ponto de mutação resultando numa uma proteína com seqüência de aminoácidos diferentes.
Quando o número de bases envolvidas é múltiplo de três, a mutação resulta numa proteína com a adição ou falta de aminoácidos.
Quando ocorre a inserção de elementos repetitivos há o interrompimento das seqüências codantes.

Mutações em Seqüências Promotoras


Envolvem mutações nas seqüências promotoras CAT e TATA box.



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
http://www.coladaweb.com/biologia/genetica/mutacao-genica


POSTADO POR: LETICIA LIMA DE SOUZA

Doença de Pompe

  
As doenças genéticas raras são um tema ainda pouco estudado na medicina mundial e, principalmente, no Brasil. Um caso que merece destaque é a Doença de Pompe – apesar de desconhecida, as estimativas atuais colocam a incidência geral da doença em 1 a cada 40.000 nascimentos vivos.  No Brasil, estima-se que surgem 80 novos casos por ano.

O que é Doença de Pompe

É uma doença de depósito em uma das organelas celular chamada de lisossomo (DDL). Na forma mais grave da doença, ainda no bebe, a morte ocorre dentro do primeiro ano de vida devido à insuficiência cardiorrespiratória em 80% dos bebês (que tipicamente apresentam envolvimento do músculo cardíaco, e também do esquelético). Nos pacientes com início tardio, a fraqueza muscular esquelética e respiratória é progressiva, levando à dependência de cadeira de rodas e/ou de respirador e, em última instância, à morte entre o início da infância e o meio da vida adulta.
A doença de Pompe é causada por mutações no gene da enzima alfa-glicosidase ácida (AGA) identificadas no braço longo do cromossomo 17. Mais de 120 mutações neste gene, que dão origem à Doença de Pompe, já foram identificadas até o presente momento.
Manifestações clínicas
Há duas classificações principais da doença: infantil e tardia. Estima-se que aproximadamente um terço dos pacientes com a doença de Pompe apresente a forma infantil, que é rapidamente fatal, enquanto a maior parte dos pacientes apresenta a forma tardia, cujo progresso é mais lento.

Diagnóstico

Devido à raridade da doença, geralmente perde-se muito tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico da forma infantil da doença de Pompe. Em geral os pacientes com progressão mais lenta da doença são mais difíceis de serem diagnosticados, pois os sintomas se apresentam mais sutis e atenuados.Entre os exames importantes para o diagnóstico diferencial entre a doença de Pompe e outras doenças estão os testes bioquímicos avaliando a atividade enzimática da AGA, eletro miografia avaliando o comprometimento muscular, raios-X do tórax e eco cardiograma na busca de manifestações cardíacas, provas de função respiratória e, por fim, o estudo genético.

Qualidade de vida

A doença de Pompe tem um impacto devastador e profundo na qualidade de vida dos pacientes da forma infantil e de seus familiares, devido aos graves déficits funcionais e aos casos de morte prematura.  O suporte do respirador e da traqueostomia podem melhorar a qualidade de vida e o tempo de vida dos pacientes com danos respiratórios graves.

Tratamento Terapêutico

Com o advento das novas terapias às doenças genéticas através da terapia de reposição enzimática, a identificação de casos da Doença de Pompe precocemente tem permitido avaliar caso a caso a indicação terapêutica. Os resultados atuais de pacientes tratados indicam um substancial ganho de qualidade de vida e redução da mortalidade comparada ao registro histórico de pacientes não tratados com a doença de Pompe.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
http://www.saudelazer.com/index.php?option=com_content&task=view&id=12098&Itemid=49

 POSTADO POR: PRISCILLA CAMPOS DOS SANTOS

Síndrome de Prader-Willi

A síndrome de Prader-Labhart-Willi (PWS) é uma síndrome rara, debilitante e associada, na maioria dos casos, a uma deleção parcial do cromossomo 15 derivado do pai ou, em outras palavras, a uma dissomia uniparental do cromossomo 15 materno (15q11-13). Ainda não foram identificados os genes responsáveis pela síndrome.
Trata-se, portanto, de uma situação genética conhecida como "imprint genômico", caso em que o cromossomo duplicado, se de origem paterna, causa uma determinada patologia, enquanto que, se de origem materna, causa uma outra doença. No caso do cromossomo 15, se o cromossomo duplicado for o paterno, advém a síndrome de Angelman; se o duplicado for o materno a síndrome será do Prader-Willi.
Estima-se que a incidência do PWS é 1/25000 nascidos vivos e a característica mais marcante dessa síndrome no período pré-natal é um notável grau de hipotonia que freqüentemente leva à dificuldade de sucção, ameaçando a sobrevida da criança. Já numa idade posterior, paradoxalmente, é um apetite insaciável que passa a ser o grande problema do paciente, levando-o freqüentemente a um excesso de peso (obesidade mórbida) e ao óbito por complicações metabólicas e hipoventilação alveolar.

Aspectos genéticos

Como a PWS decorre da ausência da região PWS/AS no cromossomo 15, o ponto crítico para o diagnóstico é a demonstração de que esta região tem apenas a contribuição materna e uma das maneiras de se documentar tal fato é o teste de metilação do DNA, que detecta mais de 99% dos casos.
Em termos de análises citogenéticas, 70% dos pacientes com PWS tem uma deleção do cromossomo 15 envolvendo as bandas 15q11-q13, que pode ser detectada com estudos cromossômicos de alta resolução e pela técnica de hibridação fluorescente in situ (FISH). Cerca de 1% dos pacientes apresenta um rearranjo cromossômico que resulta numa deleção da região crítica PWS/AS.
A técnica de biologia molecular empregada para detecção do PWS baseia-se na hibridação de Southern utilizando uma sonda sensível à metilação (SNRPN ou PW71B) ou com a técnica do PCR (reação em cadeia da polimerase) utilizando primers específicos para cada um dos pais (sensíveis à metilação). Dessa forma, se a amplificação por PCR for característica de uma herança materna exclusiva, fica confirmado o diagnóstico de PWS.
O teste de metilação do DNA detecta todos os casos de PWS causados por deleções, dissomia uniparental e defeitos de imprinting. A diferenciação entre os vários mecanismos que levam ao PWS é importante para propósitos de aconselhamento genético. Utilizando-se a técnica de FISH com a sonda SNRPN, podemos detectar as deleções. Marcadores microsatélites informativos podem permitir a identificação de dissomia uniparental (2). Nos pacientes em que não se detecta deleção ou dissomia uniparental, um padrão de metilação alterado é evidência de um defeito de imprinting (3).

Critérios diagnósticos

Em 1993, Holm e col. chegaram a um consenso com relação aos critérios diagnósticos, dividindo os achados em "maiores" e "menores" (1). Os critérios maiores valem um ponto cada, enquanto que os critérios menores valem ½ ponto cada. Para crianças com menos de três anos de idade são requeridos cinco pontos para o diagnóstico, quatro dos quais devem ser critérios maiores. Para indivíduos com mais de três anos de idade, oito pontos são requeridos para o diagnóstico, pelo menos cinco dos quais sejam critérios maiores. Os "achados de suporte" apenas aumentam ou diminuem o nível de suspeita diagnóstica.

Critérios maiores

Hipotonia neonatal com sucção pobre, que melhora com a idade.
• Problemas de alimentação e/ou insuficiência de crescimento, com a necessidade de gavagem ou outras técnicas especiais de alimentação.
• Ganho de peso entre um ano e seis anos de idade, causando uma obesidade central.
• Hiperfagia.
• Características faciais - diâmetro bifrontal estreito; fissura palpebral em forma de amêndoa; boca virada para baixo.
• Hipogonadismo: Hipoplasia genital - pequenos lábios menores e pequeno clitóris em mulheres; escroto hipoplásico com criptorquidismo; puberdade incompleta ou atrasada; Infertilidade.
• Incapacidade de aprendizado com certo retardo mental.

.Critérios menores

Diminuição dos movimentos fetais e letargia durante a infância.
• Problemas comportamentais como explosões temperamentais com obsessão compulsiva, teimosia, rigidez, roubo e mentiras.
• Distúrbios de sono, com apnéia.
• Pequena estatura para o alvo familiar.
• Hipopigmentação.
• Mãos e pés pequenos para idade e altura.
• Mãos estreitas com o bordo ulnar reto.
• Miopia.
• Saliva espessa e viscosa.
• Defeitos de articulação da fala.
• Pele pigmentada.

Achados de suporte

Alto limiar para dor.
• Diminuída capacidade para o vômito.
• Escoliose.
• Adrenarca precoce.
• Osteoporose.
• Habilidade incomum para quebra-cabeças.
• Estudos neuromusculares normais (exemplo: biópsias, eletromiografia, velocidade de condução nervosa).

 Apresentação clínica

Na síndrome de Prader-Willi o crescimento insuficiente pode já ser evidente no nascimento, mas em geral, é muito mais evidente no período pós-natal, atingindo-se a altura média de 155cm para homens e 148cm para mulheres. O que, no entanto, chama mais atenção no período neonatal é a extrema hipotonia que essas crianças apresentam e que leva inclusive a dificuldades alimentares relacionada à ineficiente sucção.
Durante o período gestacional esta hipotonia já pode ser observada pela diminuição dos movimentos fetais, pela posição fetal anormal no parto e pelo aumento da incidência de cesárias. Esta hipotonia é considerada um dos critérios maiores para o diagnóstico e, juntamente com os problemas alimentares, respondem por dois dos cinco pontos necessários para o diagnóstico em crianças com menos de três anos de idade. Evolutivamente esta hipotonia melhora e chega a regredir totalmente.
Nos meninos, criptorquidia, hipoplasia escrotal e micropênis podem estar presentes, enquanto que nas meninas podem-se notar lábios menores e clitóris pouco desenvolvidos. Em idade posterior, este quadro de hipogonadismo de origem hipotalâmica manifesta-se por puberdade atrasada (além dos 13 anos na menina e 14 anos no menino) ou incompleta, sendo a infertilidade o resultado final desse processo, porém há a um caso documentado de reprodução numa mulher portadora da síndrome (4).
Com o avançar da idade, a hiperfagia e a obesidade tornam-se predominantes. O apetite é insaciável e há relatos impressionantes da quantidade de alimento que pode ser ingerida por tais crianças. Os pacientes procuram avidamente por comida, chegam a roubar dinheiro para comprá-la - aparentemente não existe o centro da saciedade, o que caracteriza uma anormalidade hipotalâmica.
Como os pacientes com PWS apresentam algum grau de alteração intelectual, que varia de um retardo mental limítrofe (40% dos pacientes) a moderado, fica sempre muito difícil tentar-se conseguir a colaboração voluntária dos pacientes para perder peso. A obesidade acaba sendo o resultado desta ingestão calórica exagerada e da baixa taxa de metabolismo basal, que chega a ser tão intensa que leva a hipoventilação alveolar (síndrome de Pickwick). Vários trabalhos da literatura sugerem que 7 a 20% dos pacientes com PWS apresentam diabetes mellitus cujo início pode ocorrer já na pré-puberdade (5).
As anomalias cognitivas tornam-se muito evidentes quando a criança atinge a idade escolar. A maioria das crianças com PWS apresenta QI entre 60 e 70. São comuns os problemas de comportamento que interferem na qualidade de vida na fase adulta. Em 5 a 10% dos pacientes, um quadro psicótico já é evidente no início da adultícia (6, 7).
Características crânio-faciais, como olhos amendoados, dolicocefalia, boca pequena com os lábios voltados para baixo ou saliva viscosa, podem ou não estar presentes já no recém nascido. Em todos os seis recém-nascidos estudados por Miller e colaboradores essas características estavam ausentes (8).
Hipopigmentação dos cabelos, olhos e pele ocorre em 1/3 dos indivíduos. Estrabismo é visto em 60 a 70 % dos casos e escoliose variável em gravidade e em idade de início é observada em 40 a 80 % dos pacientes. Uma característica curiosa dos pacientes com PWS é o lento crescimento de mãos e pés. Os pés atingem aos dez anos de idade um tamanho de 20cm na menina e 22cm no menino.

Diagnóstico diferencial

Algumas situações clínicas podem cursar com hipotonia e algumas delas são emergenciais como, por exemplo, a sépse neonatal. Depressão do sistema nervoso central, algumas vezes induzidas por drogas, distrofia muscular miotônica congênita e várias miopatias e neuropatias podem levar a hipotonia e podem comprometer a capacidade respiratória, o que é raramente visto nos pacientes com PWS.
Já em idade mais avançada, o retardo mental ou o atraso do desenvolvimento neuro-psico-motor, a obesidade e o hipogonadismo podem levantar a suspeita de síndrome de Laurence-Moon-Bardet-Biedl, neste caso usualmente acompanhado por polidactilia e alteração visual devida a distrodia retiniana. Um subgrupo de pacientes com a síndrome do X frágil apresenta obesidade devida à hiperfagia. Os poucos casos de deleções 6q ou 1p podem mostrar um fenótipo semelhante. Insuficiência hipotalâmica adquirida pode ser distinguida pela história clínica e por exames de imagem. (7).

Opções terapêuticas

No lactente (crianças nos primeiros dois anos de vida), a emergência terapêutica está na manutenção de uma nutrição adequada já que a hipotonia costuma ser tão grave que dificulta a alimentação e coloca em risco a sobrevida da criança.
Técnicas especiais de alimentação incluindo bicos especiais ou mesmo alimentação por gavagem podem ser necessárias. Fisioterapia iniciada precocemente pode melhorar o tônus muscular. A criptorquidia pode se resolver espontaneamente ou pode necessitar de tratamento hormonal (gonadotrofina coriônica humana - hCG) ou cirúrgico (orquiopexia).
No período pré-escolar, o problema da obesidade começa a se manifestar e deve exigir cuidados com relação ao esquema alimentar, recomendando-se não se exceder 1000 a 1200Kcal por dia. Nos últimos anos tem-se tentado a administração de hormônio de crescimento na tentativa de reduzir-se o ganho ponderal dessas crianças, através do seu efeito lipolítico.
Lindgren e Ritzén apresentaram sua experiência de cinco anos de tratamento com hormônio de crescimento em 18 crianças pré-púberes e observaram que no primeiro ano de tratamento houve um aumento importante em altura, que se manteve com a continuidade da terapêutica. O índice de massa corpórea (BMI) no primeiro ano diminuiu significantemente, mas voltou a aumentar num período de seis meses sem tratamento. Com o reinício da terapêutica houve estabilização do BMI.
Duas das crianças desenvolveram diabetes mellitus num período em que houve rápido ganho de peso, mas a homeostasia glicêmica voltou ao normal quando o tratamento foi suspenso. Os autores concluem que houve um efeito favorável do GH sobre a composição corpórea de pacientes com PWS e que o tratamento deve ser individualizado com estreita supervisão da homeostase glicêmica (11).
Tem sido a opinião de vários autores que os pacientes portadores de PWS apresentam disfunção hipotalâmica que levam à deficiência de hormônio de crescimento (12 e 13). Os testes funcionais para avaliação da deficiência de GH têm esbarrado em alguns problemas e sabe-se que crianças obesas não apresentam resposta de GH aos diversos estímulos farmacológicos empregados (clonidina, insulina, arginina, entre outros).
Parece que a elevação dos níveis insulinêmicos que ocorrem nestes pacientes reduzam os níveis da proteína transportadora de IGF-1 (IGFBP-1) de modo que os níveis de IGF livres se elevam e inibem a produção de GH. Desta forma, ficamos em dúvida se essas crianças são realmente portadoras de deficiência de GH, mas a experiência clínica que temos tido com o tratamento de crianças com PWS é concorde com outros autores quanto ao efeito benéfico do GH na composição corpórea desses pacientes.
Entre 9 e 20% dos pacientes com PWS apresentam diabetes mellitus (DM). Apenas três casos de DM foram documentados antes dos dez anos de idade, o mais jovem com 26 meses. Os três casos necessitaram de terapêutica insulínica e o tratamento usualmente segue os modelos convencionais. Em algumas situações, podemos ter um DM tipo 2, usualmente sem ceto-acidose e com anticorpos anti-ilhota e anti-insulina negativos, necessitando de medidas dietéticas e de agentes hipoglicemiantes orais (5).
Apesar de o hipogenitalismo constituir-se num sintoma chave para o diagnóstico de PWS (critério maior), adrenarca prematura é freqüentemente observada nesses pacientes e é considerada um sinal menor. Poucos casos de puberdade precoce central (puberdade precoce verdadeira) têm sido descritos (14) e o tratamento, dependendo da idade do diagnóstico, inclui o uso de análogos do GnRH (análogo do fator liberador de gonadotrofinas hipotalâmico). A detecção desses casos chama a atenção para a responsividade normal de alguns pacientes com PWS, mostrando que a insuficiência gonadal usualmente presente é de origem hipotalâmica.



REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA:



POSTADO POR: DEBRIELE SILVA DOS SANTOS




Síndrome de Alport

Síndrome de Alport é uma doença genética caracterizada por provocar a perda progressiva da função renal e auditiva.

Também pode afetar o sistema visual. A presença de sangue na urina (hematúria) é quase sempre encontrada nesta condição.
Foi identificada pela primeira vez numa família inglesa, por Arthur Cecil Alport, em 1927.
Atualmente, a fragilidade da cápsula tem sido apontadacomo causa do lente cone progressivo e catarata subcapsular posterior. Odefeito pode estar presente nas MB de todo o corpo. Esta evidência sugereuma doença hereditária comum das MB.Além do lente cone, podem ser associadas mais síndromes, a catarata subcapsular, rotura da cápsula, esfero-facia, miopia, atrofia da íris, síndrome da disperso pigmentar, anisocoria, arco senil e alterações retinianas.

.Causas

Esta síndrome é causada por mutações nos genes COL4A3, COL4A4 e COL4A5, responsáveis pela síntese do colágeno. Mutações em qualquer destes genes impedem que a rede de colágeno tipo IV seja produzida. As membranas basais são finas estruturas laminares que separam e suportam as células. Quando mutações previnem a formação das fibras de colágeno tipo IV, as membranas basais das células renais não são capazes de filtrar corretamente o sangue, permitindo que o sangue e proteínas passem para a urina.

Padrões de hereditariedade

A síndrome de Alport pode ter diferentes padrões de hereditariedade dependentes do tipo de mutações genéticas.
  • Na maior parte dos portadores desta síndrome, a condição é herdada como ligada ao cromossoma X, devido a mutações no gene COL4A5. Uma condição denomina-se ligada ao cromossoma X quando o gene envolvido na desordem está localizado no cromossoma X. Nos indivíduos do sexo masculino, que têm apenas um cromossoma X, uma cópia alterada deste gene é suficiente para causar uma síndrome de Alport severa, explicando desta maneira a eventualidade de quase todos os indivíduos deste sexo desenvolverem insuficiência renal. Nos indivíduos do sexo feminino, que possuem duas cópias do cromossoma X, uma mutação numa cópia do gene COL4A5 resulta somente no aparecimento de sangue na urina, não havendo o desenvolvimento de insuficiência renal. Por ser um tipo de hereditariedade ligada ao cromossoma X, um pai não passará esta síndrome aos filhos do sexo masculino.
  • A síndrome de Alport também pode ser herdada de uma forma autossômica recessiva se as duas cópias do gene COL4A3 ou do gene COL4A4, localizados no cromossoma 2, sofrerem mutação. Muitas vezes, os pais de uma criança com uma doença genética autossômica recessiva não estão afetados por ela mas são portadores de uma cópia do gene alterado.
Critérios para o diagnóstico clínico

Gregory et al, 1996, propõe 10 critérios para o diagnóstico da síndrome de Alport. Quatro dos 10 critérios terão que estar presentes:
  • História familiar de nefrite.
  • Hematúria persistente, sem que haja evidência de outra possibilidade de nefropatia hereditária.
  • Surdez sensorineural de cariz bilateral, no intervalo de frequências dos 2000Hz aos 8000Hz. Surdez com desenvolvimento progressivo, não presente na infância e com aparecimento antes dos 30 anos de idade.
  • Mutação no gene COL4An, em que n é igual a 3, 4 ou 5.
  • Evidência imunohistoquímica da ausência parcial ou total do epítopo na membrana basal dos glomérulos ou membrana basal epidérmica, ou em ambas.
  • Vastas anormalidade estruturais da membrana basal glomerular.
  • Lesões oculares.
  • Progressão gradual para falência crónica renal (em pelo menos 2 membros da família).
  • Macro trombocitopenia ou inclusões granulocíticas
  • Leiomiomatose difusa do esófago ou da genitália feminina, ou ambos.

Tratamento

*Cirurgia nos casos mais graves
*Com remoção das lesões e posterior cirurgia plástica


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

http://www.abonet.com.br/abo/abo63606.htm

POSTADO POR: LAIS DOS SANTOS FERREIRA

Câncer de ovário

 Câncer de ovário

Ovários são duas glândulas responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos, progesterona e estrogênio. Eles têm também a função de produzir e armazenar os óvulos, que são liberados, um a cada mês e recolhidos pelas tubas uterinas, enquanto durar a vida reprodutiva da mulher.

Câncer de ovário é o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o mais letal. Sua incidência está associada a fatores genéticos, hormonais e ambientais. A história familiar é o fator de risco isolado mais importante (cerca de 10% dos casos). Câncer de ovário pode acometer a mulher em qualquer idade, mas é mais freqüente depois dos 40 anos.

Os genes BRCA1 e BRCA2, que também podem causar câncer de mama, estão amplamente correlacionados com o câncer de ovário. As portadoras do primeiro gene apresentam 45% de possibilidade de desenvolver esse tipo de câncer durante a vida; as portadoras do segundo gene têm 25%.

Há uma relação entre câncer de ovário e atividade hormonal feminina. Portanto, mulheres que não tiveram filhos nem nunca amamentaram, as que tiveram menopausa tardia ou câncer de mama, assim como as que têm parentes de primeiro grau com câncer de ovário apresentam risco mais elevado de desenvolver a doença.

Sintomas

A maioria das mulheres com câncer de ovário não apresenta sintomas até a doença atingir estágio avançado. Nesse caso, os mais característicos são dor e aumento do volume abdominal, constipação, alteração na função digestiva e massa abdominal palpável.

Diagnóstico

Medição do marcador tumoral sanguíneo CA 125 (80% das mulheres com câncer de ovário apresentam CA 125 elevado) e ultrassonografia pélvica são dois exames fundamentais para estabelecer o diagnóstico da doença. A laparoscopia exploratória seguida de biópsia do tumor, além de úteis para confirmar o diagnóstico, permite observar se há comprometimento de outras regiões e órgãos.

Raios-X torácico, tomografia computadorizada, avaliação da função renal e hepática e exames hematológicos podem auxiliar no diagnóstico dos casos avançados.

Tratamento

Se houver suspeita de tumor de ovário, a paciente deve ser submetida a uma avaliação cirúrgica. Para câncer de ovário em estágio inicial, é preciso realizar o estadiamento do tumor por meio de cirurgia e promover a remoção do útero e ovários. Em estágios avançados da doença, é possível aumentar a taxa de sobrevivência com a remoção agressiva de todos os tumores visíveis.

Exceção feita às mulheres portadoras de câncer de ovário de baixo grau em estágio inicial, as pacientes devem ser submetidas à quimioterapia após a cirurgia. Elas podem contar com vários regimes de quimioterapia disponíveis, como a combinação de cisplatina ou carboplatina com paclitaxel, que oferecem taxas de resposta clínica de até 60%, 70%.

Recomendações

* Consulte o ginecologista regularmente, já que o câncer de ovário pode não causar sintomas até atingir um estágio avançado;

* Controle o peso e evite alimentos gordurosos, pois há estudos que indicam uma relação entre obesidade, alto consumo de gordura e câncer de ovário;

* Faça exames clínicos e ultrassonografias com mais freqüência, se tiver um parente de primeiro grau com história de câncer de ovário e/ou de mama;

* Respeite as datas dos retornos ao ginecologista, especialmente se você faz terapia de reposição hormonal; nesse caso, é maior o risco de a mulher desenvolver câncer de ovário;

* Passe por avaliação ginecológica regularmente, se você tem mais de 40 anos. O prognóstico é sempre melhor, quando a doença é diagnosticada precocemente.

Câncer de Ovário

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

 http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/5379/cancer-de-ovario

 POSTADO POR: JOSSIMARA AMARAL NEVES.