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segunda-feira, 28 de março de 2011

Síndrome de Turner

 A Síndrome de Turner é uma monossomia total ou parcial do cromossoma X, que se apresenta em indivíduos fenotipicamente femininos, e que cursa habitualmente com baixa estatura, isgenesia gonadal e outras anomalias associadas.
Ocorre de forma esporádica, afectando 1 em cada 2000-5000 recém nascidos do sexo feminino e pensa-se ser responsável por 15% dos abortamentos espontâneos. O tratamento baseado na administração de hormona de crescimento e estrogéneos permite maximizar a altura na idade adulta, promove o incremento de massa óssea e facilita a valorização psicológica.
É fundamental o seguimento multidisciplinar das doentes com Síndrome de Turner, com o objectivo de monitorizar as morbilidades associadas e assegurar um adequado desenvolvimento biopsicossocial.
A primeira referência à Síndrome de Turner (ST) deve-se ao anatomopatologista Morgagni (1748), quando descreveu a associação entre disgenesia gonadal e malformações renais na
autópsia de uma mulher com baixa estatura. Posteriormente, Funke (1902) publicou o caso de uma adolescente de 15 anos com baixa estatura, ausência de desenvolvimento pubertário, linfedema congénito e pescoço alado. No entanto, a primeira descrição clínica completa é atribuída a Ullrich (1930). Finalmente, em 1938, o endocrinologista Henry Turner apresentou uma casuística de sete pacientes com ST, e propôs pela primeira vez a terapêutica com estrogénios.
Trata-se da alteração genética mais comum na mulher, e a única monossomia cromossómica compatível com a vida.




MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS


Cerca de 95% das doentes com ST possuem baixa estatura e sinais de falência ovárica. No entanto, o espectro clínico é vasto, e a expressão das manifestações clínicas varia com a idade. Assim, no recém nascido, os achados fenotípicos mais evidentes são o linfedema das mãos e pés e as pregas alares do pescoço (pterigium colli); nos primeiros anos de vida, é característico a presença de um sopro cardíaco, devido a cardiopatia estrutural; em idade 
pré-escolar está quase sempre presente uma baixa estatura; na adolescência é característico o atraso pubertário (ou paragem do seu desenvolvimento) e amenorreia primária; na idade adulta são freqüentes a infertilidade e as irregularidades menstruais.



Tratamento


Hormona de Crescimento


A etiologia da baixa estatura no ST não é completamente conhecida. As doentes não possuem défice de HC, pelo que não está indicada a realização de estudos de secreção de HC, excepto se a velocidade de crescimento se mostrar inadequada nos gráficos de crescimento específicos para a síndrome. 
que parece existir é um mecanismo de resistência à acção da HC nos tecidos periféricos, nomeadamente nas epífises.
 O tratamento com HC é um tratamento injectável, diário, que se prolonga por alguns anos, dispendioso, pelo que deve ser precedido por uma avaliação clínica e laboratorial criteriosas.
Os critérios estabelecidos pela Comissão Nacional de Normalização da Hormona do Crescimento Portuguesa para terapêutica com HC de doentes com ST incluem: diagnóstico
comprovado por análise cromossómica, idade cronológica superior a 2 anos, idade óssea inferior a 12 anos, estatura inferior ao P3, velocidade de crescimento inferior ao P25 e estadio pré-púbere. São critérios de exclusão: doença sistémica grave, anomalias do aparelho genito-urinário que impliquem alteração de função, lesão cardíaca que implique alteração de função, hipotiroidismo não compensado.
A posologia recomendada é 0,045 a 0,05 mg/Kg/dia em administração diária, subcutânea. Trata-se de doses mais eleva das, comparativamente às usadas nos défices de hormona de crescimento.
Vários estudos constatam que, sem tratamento com HC, as doentes com ST atingem uma altura final média de 143 cm, raramente excedendo os 150 cm.
Os factores que determinam a resposta à HC são a idade cronológica, a idade óssea no início do tratamento, a duração do tratamento, a dose administrada, a discrepância entre o percentil da estatura antes do tratamento e o percentil da altura alvo e outros fatores tais como etnia ou associação com outros fármacos (por exemplo estrogénios).
Rosenfeld foi um dos primeiros autores a documentar um acréscimo de 8 cm na altura final de doentes medicadas com HC.
Um estudo recente, randomizado e controlado, indica que a altura poderá ser aumentada em 7cm.
O tratamento com HC na ST tem-se demonstrado seguro e eficaz, no entanto, estão descritos raros efeitos secundários, geralmente relacionados com o uso de doses elevadas, e com resolução rápida após redução desta.
São exemplos: edema, hipertensão intracraneana, epifisiólise da cabeça do fémur, aumento da insulinémia, elevação transitória das transamínases.
Os critérios para suspensão da terapêutica com HC são: não adesão à terapêutica, idade óssea de 14 anos e velocidade de crescimento inferior a 1,5 cm/ano.


Esteróides anabolizantes


Os esteróides anabolizantes (principalmente a oxandrolona) são usados desde a década de 60 com o objectivo de maximizar a estatura final. Apesar de acelerar inicialmente a velocidade de crescimento, a sua utilização no incremento da altura final é controversa. A oxandrolona é geralmente usada em associação com a HC, em crianças de idade superior a 8 anos, cuja resposta isolada à HC se mostrou deficiente ou cujo diagnóstico de ST foi tardio 30.
A potencialização do efeito da HC, no atingimento da estatura final foi documentada por alguns estudos, no entanto, dada a falta de concordância de outros estudos, e os potenciais efeitos laterais (virilização, intolerância à glicose,...), o seu papel no tratamento da baixa estatura tem
vindo a ser abandonado.



Estrogénios


Actualmente recomenda-se o início da terapêutica hormonal aos 12 anos, o que permite que o desenvolvimento sexual e opico de crescimento pubertário ocorram durante uma idade
pubertária normal.
Evidências recentes sugerem que alguns regimes terapêuticos que utilizam estradiol a partir dos 12 anos permitem um desenvolvimento pubertário normal sem interferir com o efeito positivo que a HC tem na estatura final na idade adulta.
Os estrogénios orais foram até à data os mais utilizados, no entanto existem várias formulações de estrogénios exógenos, com esquemas terapêuticos distintos.
As formas transdérmicas e injectáveis depot são as alternativas mais fisiológicas. As primeiras estão disponíveis em patchs (2x/semana) e em gel de estradiol (de fácil oseamento, mas disponíveis apenas em alguns países da Europa).
A terapêutica estrogénica inicia-se numa dose 1/10 a 1/8 da dose do adulto, com aumento gradual ao longo de 2-4 anos. A associação do progestativo deve ser atrasada até 2 anos após o início dos estrogénios de forma a permitir um desenvolvimento mamário e uterino normais.
A substituição com estrogénios deverá ser mantida até à menopausa de forma a manter a feminização e prevenir a osteoporose.
Durante a terapêutica hormonal é importante monitorizar os níveis de estradiol e de FSH e LH basais e após estimulação, e realizar uma ecografia pélvica para avaliação do tamanho
uterino e da espessura do endométrio.


























REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS :


http://www.spp.pt/Userfiles/File/App/Artigos/20/20100514123650_Art_Actual_Laranjeira_C_41(1).pdf






POSTADO POR: ERIELLE ANTUNES BARBOSA,  JOSSIMARA AMARAL

sábado, 26 de março de 2011

Síndrome de Edwards ( trissomia 18)

A trissomia do cromossomo 18 foi descrita pela primeira vez em 1960 pelo professor
John Edwards. Esta corresponde à segunda trissomia mais freqüente nos seres humanos e
sua incidência está estimada em 1: 6000¹,² e 1: 8000³ nascidos vivos.
Os indivíduos portadores da trissomia do 18 têm, entre 90 e 94% dos casos, uma trissomia livre. Em 5 a 10% dos indivíduos acometidos verifica-se mosaicismo. E um número muito inferior de alterações deve-se a trissomias parciais.
A síndrome de Edwards compreende um distúrbio multissistêmico, com fenótipo complexo, que tem como principais características retardo no crescimento fetal, polidrâmnio, sobreposição dos dedos da mão, anormalidades cardíacas e crâneo-faciais.
São essas anomalias que dão a base para o diagnóstico clínico. Para um diagnóstico pré-natal, utiliza-se, para início de investigação, métodos não invasivos, como a ultrassonografia e o screening de marcadores séricos maternos. Entretanto, para a confirmação diagnóstica, o método-padrão ouro é a amniocentese, que propicia uma avaliação adequada do cariótipo fetal. Preconiza-se uma investigação mais aprofundada em gestantes de idade avançada, pois como em todas as trissomias, a incidência aumenta de acordo com a idade materna.
Considerando-se que a síndrome de Edwards é conhecida desde a década de 60 e é vista como uma entidade clínica bem estabelecida, o presente artigo tem como objetivo uma revisão bibliográfica atual a respeito de sua epidemiologia, manifestações clínicas, diagnóstico pré-natal e, principalmente, seus aspectos citogenéticos.



MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS


Mais de 150 anormalidades diferentes já foram descritas em pacientes com a síndrome de Edwards. Algumas podem ser detectadas ainda intra-útero, através de ecografias de controle pré-natal. A detecção de uma anomalia isolada não deve ser considerada como diagnóstico, mas sim como um gatilho para investigação de outras malformações que levem ao diagnóstico. Atenção especial deve ser dada para aqueles achados mais freqüentes na síndrome de Edwards, que serão citados a seguir.


Anormalidade encontradas em mais de 50% dos pacientes:


· Choro fraco; atividade fetal fraca;
· Tempo gestacional alterado (1/3 pré-maturo, 1/3 pós-maturo);
· Polidrâmnio;
· Placenta pequena;
· Artéria umbilical pequena;
· Déficit no crescimento;
· Baixo peso ao nascer (média=2.300g);
· Hipoplasia da musculatura esquelética, do tecido subcutâneo e do tecido adiposo;
· Deficiência mental depois do período neonatal;· Resposta diminuída ao som;


· Crânio-faciais: occipital proeminente; diâmentro bifrontal estreito; pavilhões
auriculares malformados e com implantação baixa; fissuras palpebrais pequenas;
micrognatia; arco do palato curto e microstomia;


· Mãos e pés: mãos cerradas, com sobreposição do 2° dedo sobre o 3° e do 5° sobre
o 4° dedo ; hipoplasia das unhas; hálux curto e freqüentemente dorsifletido; calcâneos proeminentes; e convexidade da planta do pé;


· Tórax: esterno curto com redução no número de centros de ossificação; mamilos
pequenos;


· Abdome: hérnias inguinais ou umbilicais; diástases do músculo reto;


· Pelve: pequena, com limitação da abdução das coxas;


· Pele: hirsutismo leve, principalmente na testa e nas costas;


· Cardíaca: defeito nos septos interventricular e interauricular; persistência do ducto
arterial.


Anormalidades encontradas em 10-50% dos casos:


· Cranio-facial: microcefalia; fontanelas amplas; ptose palpebral; opacificidade da
córnea; fenda labial e/ou palatina;


· Mãos e pés: desvio ulnar ou radial das mãos; polegar hipoplásico ou ausente; pés
em taco de hóquei; eqüinovaro; sindactilia do 2° e 3° pododáctilos;


· Tórax: largo, com ou sem espaçamento dos mamilos;


· Genitália: hipoplasia dos grandes lábios com clitóris proeminente


· Ânus: afunilado ou em posição anormal;


· Cardíaco: valva aórtica bicúspide; nodularidade dos folhetos valvares; estenose da
artéria pulmonar; coarctação da aorta;· Pulmão: malsegmentação ou ausência de segmentação do pulmão direito;
· Diafragma: hipoplasia muscular;


· Abdome: divertículo de Meckel; tecido pancreático e/ou esplênico heterotrópico;
onfalocele; rotação incompleta do cólon;


· Rins: em ferradura, ectópicos; ureteres duplos; hidronefrose; rins policísticos.


Anormalidades em menos de 10% dos casos:


· SNC: paralisia facial; hipoplasia cerebelar; microgiria; defeitos no corpo caloso;
meningo-mielocele;


· Cranio-facial: sela túrcica alongada e rasa; hipertelorismo; catarata; microftalmia;
atresia coanal;
· Mãos: sindactilia dos 3° e 4° dedos; polidactilia; 5° metacarpo curto;


· Esqueleto: aplasia radial; ossificação incompleta da clavícula; hemivértebra,
vértebras fusionadas; pescoço curto; escoliose; anormalidade das costelas; peito
escavado;


· Genitália: hipospadia; escroto bífido; útero bífido; hipoplasia ovariana;


· Cardiovascular: artéria coronária anômala; tetralogia de Fallot; dextrocardia;
proliferação da camada íntima em artérias com aterosclerose e calcificações;


· Abdominal: estenose pilórica; vesícula hipoplásica; ânus imperfurado;


· Renal: tumor de Willms;


· Endócrino: hipoplasia adrenal ou tireóidea;


· Outras: hipoplasia do timo; fístula traqueoesofágica; trombocitopenia6.



CONCLUSÃO


A Trissomia do 18 apresenta-se como uma doença com alta morbidade e elevadíssimo
índice de abortamento e de mortalidade pós-natal. Portanto, a realização do diagnóstico pré-
natal é de grande valia tanto para os pais como para a comunidade científica em geral. O
uso de métodos invasivos para o diagnóstico torna-se inquestionável quando há chances
elevadas de ocorrência de uma síndrome mórbida como a de Edwards.
A detecção prévia dessa aneuplodia agiliza a determinação da conduta a ser estabelecida. A decisão a respeito do manejo deve ser tomada basicamente pelos pais, devidamente orientados pela equipe médica, visto que não há terapêuticas eficazes para a melhora clínica do paciente. O aborto provocado não é permitido pela legislação vigente no Brasil. Entretanto, na maioria dos países de primeiro mundo essa opção deve ser sempre considerada, para evitar maior sofrimento dos pais devido ao contato prolongado com uma criança que apresenta um prognóstico sombrio.
Além da decisão sobre a gestação em andamento, deve-se sempre procurar esclarecer
a etiologia do distúrbio. Esse conhecimento torna-se importante para podermos predizer
qual a possibilidade de o casal gerar um novo descendente trissômico.
Sobre a terapêutica para esse tipo de aberração, ainda não há perspectivas que indiquem um tratamento curativo. Contudo, com o advento de novas técnicas de inseminação artificial, citogenética e biologia molecular, pode-se vir a agir, em um futuro próximo, na prevenção secundária dessa doença. Isso poderá ser feito pela seleção de um zigoto viável, a partir de pais que possuam alto risco de gerar descendentes trissômicos.




REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA http://genetica.ufcspa.edu.br/seminarios%20textos/Edwards.pdf

POSTADO POR: LÚCIO MATOS DE ANDRADE


sexta-feira, 25 de março de 2011

Síndrome de Down

A síndrome de Down é um problema genético relativamente frequente, se comparado com outras síndromes cromossômicas, pois atinge cerca de 1 em 600 bebês nascidos vivos. Cada pessoa possui 46 cromossomos (onde ficam os genes) no núcleo de todas as suas células. As únicas células que têm menos cromossomos são os gametas ou células germinativas, ou seja, o óvulo e o espermatozóide, que se juntam para que a célula inicial que dará origem à criança possua os 46 cromossomos de regra. 
Às vezes, no entanto, acontecem erros durante o processo da concepção e multiplicação das primeiras células do embrião. A síndrome de Down é um desses erros cromossômicos. O que ocorre é que um terceiro cromossomo se infiltra no cromossomo 21 do bebê. Dos 23 pares de cromossomos, o 21o par fica com três cromossomos, em vez de dois, e o equívoco passa a ser reproduzido nas células da criança. 


O que provoca a síndrome de Down?

Os especialistas ainda não sabem explicar por que aparece um cromossomo a mais. Ele pode vir tanto da mãe quanto do pai. Há uma clara relação entre a idade da mãe e o problema. 
Quanto mais velha a mulher, maior é a probabilidade de ter um bebê com Down. O que se sabe é que não há culpados. Não há nada que se possa fazer antes ou durante a gravidez que previna a síndrome de Down. Ela existe em todas as raças, classes sociais e países do mundo. Pode acontecer com qualquer pessoa. 


Existem tipos diferentes de síndrome de Down?

Sim, há três tipos genéticos, mas não é possível diferenciá-los só com o exame clínico. Na grande maioria dos casos, o que ocorre é a trissomia do 21, ou seja, a presença de material genético a mais no 21o par de cromossomos no núcleo das células, causado por um erro na divisão celular, de forma mais comum no material genético que vem da mãe. De 95 a 97 por cento dos portadores de Down têm essa forma de trissomia do 21.
 Por volta de 4 por cento dos portadores têm a chamada translocação: o cromossomo 21 a mais acaba se prendendo a um outro cromossomo. E cerca de 1 por cento têm mosaicismo, um tipo de síndrome de Down em que apenas parte das células do corpo trazem a trissomia do 21, o que pode significar que a criança tenha sintomas mais leves.


Quais são os sinais mais comuns da síndrome de Down?

As crianças que nascem com síndrome de Down possuem características específicas, que podem variar conforme o caso. O bebê pode nascer com músculos e articulações menos tonificadas que outros bebês, mas isso pode melhorar conforme ele cresce. A pele apresenta certa flacidez característica, principalmente na região do pescoço. Ele também pode nascer com peso mais baixo que a média dos bebês e ganhar peso mais devagar. O médico do seu filho vai acompanhar o crescimento dele de acordo com parâmetros específicos para crianças com Down.
Bebês portadores da síndrome de Down normalmente têm olhos oblíquos, puxadinhos para cima. Às vezes as pálpebras têm uma dobra de pele a mais, o que pode acentuar a expressão dos olhos, mas isso não interfere na visão da criança. A cabeça pode ser um pouco mais chata que a dos outros bebês. As orelhas ficam numa posição um pouco mais baixa na cabeça, e os polegares também têm características especiais.
 Muitos bebês com Down têm uma linha única que atravessa a palma da mão na horizontal, em vez de formar o "M" tradicional (no linguajar médico, a "prega palmar única"). Os médicos costumam verificar as mãozinhas dos recém-nascidos para ver se esse tipo de linha está presente, o que pode indicar a síndrome. Há alguns bebês, porém, que têm a linha única mas não têm síndrome de Down.
Todas as crianças portadoras de síndrome de Down têm algum grau de dificuldade de aprendizado, mas isso varia muito de pessoa para pessoa, e é impossível dizer quando o bebê nasce, só pelas características físicas, qual será o nível de deficiência cognitiva.
É provável que bebês com Down demorem mais que os outros para engatinhar, andar e falar, mas eles vão conseguir fazer tudo isso: a maioria conversa, anda de bicicleta, lê e escreve como todas as outras crianças. O único problema é que o desenvolvimento demora mais, e pode ser limitado.





REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


http://brasil.babycenter.com/baby/saude/down/#6


POSTADO POR: RAFAEL DAMIÃO DA SILVA BRANCO GARCIA

quinta-feira, 24 de março de 2011

Construindo um heredograma

No caso da espécie humana, em que não se pode realizar experiências com cruzamentos dirigidos, a determinação do padrão de herança das características depende de um levantamento do histórico das famílias em que certas características aparecem. Isso permite ao geneticista saber se uma dada característica é ou não hereditária e de que modo ela é herdada. Esse levantamento é feito na forma de uma representação gráfica denominada heredograma (do latim heredium, herança), também conhecida como genealogia ou árvore genealógica.
Construir um heredograma consiste em representar, usando símbolos, as relações de parentesco entre os indivíduos de uma família. Cada indivíduo é representado por um símbolo que indica as suas características particulares e sua relação de parentesco com os demais.
Indivíduos do sexo masculino são representados por um quadrado, e os do sexo feminino, por um círculo. O casamento, no sentido biológico de procriação, é indicado por um traço horizontal que une os dois membros do casal. Os filhos de um casamento são representados por traços verticais unidos ao traço horizontal do casal. 

Os principais símbolos são os seguintes: 

A montagem de um heredograma obedece a algumas regras:
1ª) Em cada casal, o homem deve ser colocado à esquerda, e a mulher à direita, sempre que for possível.
2ª) Os filhos devem ser colocados em ordem de nascimento, da esquerda para a direita.
3ª) Cada geração que se sucede é indicada por algarismos romanos (I, II, III, etc.). Dentro de cada geração, os indivíduos são indicados por algarismos arábicos, da esquerda para a direita. Outra possibilidade é se indicar todos os indivíduos de um heredograma por algarismos arábicos, começando-se pelo primeiro da esquerda, da primeira geração.

Interpretação dos Heredogramas
A análise dos heredogramas pode permitir se determinar o padrão de herança de uma certa característica (se é autossômica, se é dominante ou recessiva, etc.). Permite, ainda, descobrir o genótipo das pessoas envolvidas, se não de todas, pelo menos de parte delas. Quando um dos membros de uma genealogia manifesta um fenótipo dominante, e não conseguimos determinar se ele é homozigoto dominante ou heterozigoto, habitualmente o seu genótipo é indicado como A_, B_ou C_, por exemplo.
A primeira informação que se procura obter, na análise de um heredograma, é se o caráter em questão é condicionado por um gene dominante ou recessivo. Para isso, devemos procurar, no heredograma, casais que são fenotipicamente iguais e tiveram um ou mais filhos diferentes deles. Se a característica permaneceu oculta no casal, e se manifestou no filho, só pode ser determinada por um gene recessivo. Pais fenotipicamente iguais, com um filho diferente deles, indicam que o caráter presente no filho é recessivo!
Uma vez que se descobriu qual é o gene dominante e qual é o recessivo, vamos agora localizar os homozigotos recessivos, porque todos eles manifestam o caráter recessivo. Depois disso, podemos começar a descobrir os genótipos das outras pessoas. Devemos nos lembrar de duas coisas:

1ª) Em um par de genes alelos, um veio do pai e o outro veio da mãe. Se um indivíduo é homozigoto recessivo, ele deve ter recebido um gene recessivo de cada ancestral.
2ª) Se um indivíduo é homozigoto recessivo, ele envia o gene recessivo para todos os seus filhos. Dessa forma, como em um “quebra-cabeças”, os outros genótipos vão sendo descobertos. Todos os genótipos devem ser indicados, mesmo que na sua forma parcial (A_, por exemplo).

Exemplo:

 Em uma árvore desse tipo, as mulheres são representadas por círculos e os homens por quadrados. Os casamentos são indicados por linhas horizontais ligando um círculo a um quadrado. Os algarismos romanos I, II, III à esquerda da genealogia representam as gerações. Estão representadas três gerações. Na primeira há uma mulher e um homem casados, na segunda, quatro pessoas, sendo três do sexo feminino e uma do masculino. Os indivíduos presos a uma linha horizontal por traços verticais constituem uma irmandade. Na segunda geração observa-se o casamento de uma mulher com um homem de uma irmandade de três pessoas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel5.php

 POSTADO POR: RAFAEL DAMIÃO DA SILVA BRANCO GARCIA