A fertilização in vitro, conhecida popularmente como bebê de proveta, é um processo no qual o ovo é fertilizado pelo esperma fora do útero da mulher, in vitro. A fertilização in vitro é uma alternativa de tratamento importante para infertilidade quando outros métodos de reprodução assistida falharam.
O processo envolve controlar hormonalmente a ovulação, remover o ovo do ovário e deixar o esperma fertilizá-lo em um meio fluido. O ovo fertilizado (zigoto) é então transferido para o útero da mulher com a finalidade de estabelecer gravidez bem sucedida. O primeiro bebê de proveta do mundo é Louise Brown, que nasceu em 25 de Julho de 1978 em Bristol na Inglaterra.
Limitações Femininas:
A mulher deve apresentar boa reserva ovariana, fato este que acompanha a sua idade; quanto mais jovem maior a reserva ovariana. Por outro lado, a reserva ovariana é um reflexo biológico da idade do complexo folículo-oócito, que pode ser avaliada medindo-se o FSH e estradiol no sangue periférico no 3º dia da menstruação. Um valor elevado de FSH (> 20 mUI/mL) representa uma capacidade ovariana diminuída. De modo geral, a reserva ovariana é relativamente boa até 37 anos, a partir deste ponto apresenta uma queda no seu potencial de fertilidade.
Um outro aspecto muito importante neste programa é a integridade da cavidade uterina. Ela pode ser verificada por 3 métodos de imagem:
- Histerossalpingografia (HSG) : exame radiológico realizado entre o 8º e 12º dia do ciclo, constitui um excelente recurso diagnóstico. A HSG muitas vezes por si só, é suficiente para a avaliação da cavidade uterina.
- Ultra-sonografia: realizada no período peri-ovulatório, quando o desenvolvimento do endométrio é máximo e não houve ainda a ação da progesterona, este exame permite uma boa delineação das estruturas uterinas, tanto da cavidade endometrial quanto da própria textura do útero.
- Histeroscopia: exame um pouco mais invasivo, às vezes exige sedação, também oferece grande oportunidade de se conhecer o interior da cavidade uterina.
Limitações Masculinas:
Do ponto de vista masculino, o homem deve apresentar pelo menos 3 milhões de espermatozóides móveis por ml após o processo de separação e a porcentagem de espermatozóides ovais normais não inferior a 4% pelo critério estrito de Kruger.
Em resumo, mulheres com baixa reserva ovariana ou homens com importantes alterações no espermograma , não devem ser tratados pela técnica de fertilização in vitro clássica.
Ansiedade, estresse e taxas de sucesso da fertilização in vitro.
De acordo com um estudo sueco de 2005, publicado na jornal de Oxford "Human Reproduction", 166 mulheres foram monitoradas desde um mês antes do ciclo da fertilização in vitro e os resultados mostraram não haver correlação significativa entre o estresse psicológico e o sucesso do processo. O estudo recomendou aos médicos informar aos pacientes que o estresse durante o processo é normal e que isso não influenciaria os resultados da fertilização in vitro.
Complicações da fertilização in vitro.
A principal complicação da fertilização in vitro é o risco de nascimento múltiploss (gêmeos, trigêmeos, quadrigêmeos, etc). Isso está diretamente relacionado à prática de transferir múltiplos embriões. Os nascimentos múltiplos estão relacionados à elevação no risco de perda de gravidez, complicações obstétricas, parto prematuro e mortalidade neonatal. Foi estabelecido em alguns países limites para o número de embriões que podem ser transferidos para reduzir o risco de ter nascimento de trigêmeos ou mais. Outro risco da estimulação ovariana é o desenvolvimento de síndrome de hiperestimulação ovariana.
Indicações da fertilização in vitro.
Inicialmente a fertilização in vitro foi desenvolvida para superar a infertilidade decorrente de problemas no tubo de falópio, porém ela revelou ter sucesso em muitas outras situações de infertilidade também. A introdução de microinjecção intracitoplasmática de espermatozóides também ajuda em problemas de infertilidade masculina. A microinjecção intracitoplasmática de espermatozóides consiste na injeção de um único espermatozóide no citoplasma do ovócito, evitando desta forma as dificuldades do processo natural no qual o espermatozóide deve passar a barreira do ovócito para penetrar nele.
Para que a fertilização in vitro tenha sucesso ela precisa de ovo saudável, esperma que possa fertilizá-lo e útero que possa manter a gravidez. As considerações de custo fazem da fertilização in vitro uma alternativa apenas quando outras opções menos caras de tratamento falharam. A questão de defeitos de nascença continua sendo um tópico controverso em relação à fertilização in vitro. Entretanto, a maioria dos estudos não mostra maior incidência de defeitos de nascença em bebês de proveta.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
http://www.copacabanarunners.net/fertilizacao.html
http://www.bebedeproveta.net/fiv.htm
POSTADO POR: JÚLIO CESAR RODRIGUES DOS SANTOS
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