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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Defeitos uterinos e vaginais

Estes defeitos são também designados por anomalias mullerianas. Um defeito congénito na vagina ou no útero pode reduzir a capacidade de uma mulher engravidar ou de levar a gravidez a bom termo. As anomalias mullerianas podem ir de um útero bicorne à inexistência de útero e de colo uterino. 

Sintomas

Dependendo da sua gravidade, um defeito congénito poderá apenas ser detectado durante um exame ginecológico de rotina. Por vezes, estas anomalias podem causar amenorreia ou dor, como acontece nos casos em que não é possível eliminar o sangue menstrual devido a anomalias no colo do útero ou da vagina que conduzem, a longo prazo, a uma acumulação da pressão. Porém, estes sintomas são comuns a outras doenças.
Má formação da vagina
A vagina pode ser afectada por várias malformações congénitas. A mais grave, embora pouco frequente, é a atresia vaginal, ou seja, a ausência de vagina, normalmente provocada por uma alteração genética que origina igualmente outras repercussões. Uma outra possível malformação é a vagina septada, que corresponde à presença de uma membrana que divide longitudinalmente o canal vaginal em dois, normalmente de forma parcial. O caso mais grave corresponde à vagina dupla, na qual se evidenciam duas vaginas. Este defeito é normalmente acompanhado pela malformação uterina designada Útero duplo.
Embora a ausência de vagina costume ser detectada pouco depois do nascimento, existem outras malformações menos evidentes que apenas são detectadas na idade adulta, devido ao facto de dificultarem as relações sexuais ou originarem dor durante o coito. Consoante a malformação, estes problemas podem ser curados através de uma intervenção cirúrgica.
Má formação do útero

O útero pode apresentar vários tipos de malformações congénitas. A mais evidente é a aplasia uterina, que corresponde à ausência do útero, embora seja pouco frequente e costume estar associada a outras malformações. Mais comum é o útero duplo, ou útero didélfido, malformação caracterizada pela presença de dois úteros completamente desenvolvidos, cada um deles formado por um corpo, ligado à trompa de Falópio correspondente, e por um colo que normalmente desagua numa vagina independente. O útero septado caracteriza-se pela presença de um septo longitudinal que divide a cavidade uterina em dois compartimentos.
Por outro lado, o útero bicórnio caracteriza-se pelo facto de o corpo do útero não se desenvolver correctamente e se encontrar dividido em dois. Por fim, o útero unicórnio caracteriza-se pela falta de desenvolvimento de uma metade do útero.
As malformações congénitas do útero costumam passar despercebidas ao longo da infância e apenas começam a ser diagnosticadas na idade adulta, altura em que originam problemas menstruais ou provocam dor durante o coito. As malformações podem igualmente ser detectadas ao longo de um exame destinado a elucidar a origem de um quadro de infertilidade ou esterilidade, já que podem alterar a função reprodutora ao reduzirem a fertilidade ou ao provocarem repetidos abortos. Por vezes, o tratamento consiste na realização de uma intervenção cirúrgica, nomeadamente para corrigir um caso de útero duplo, em que se deve extrair um dos dois úteros, ou um caso de útero septado, em que se deve eliminar a membrana que divide a cavidade uterina.


Exame
Um exame ginecológico aos órgãos genitais femininos pode ajudar a determinar se existe algum defeito congénito uterino ou vaginal. Existem vários métodos para identificar estes defeitos, tais como a ecografia transvaginal, a histerossalpingografia, a laparoscopia ou a histeroscopia.

Causa

Este tipo de anomalias pode ser congénito (de origem genética) ou causado por exposição a fármacos. Durante a década de 80, era habitual receitar dietilestilbestrol (DES) para evitar abortos espontâneos. Infelizmente, as filhas das mulheres que tomaram este fármaco podem apresentar defeitos uterinos, cervicais ou vaginais.
Estas “filhas do DES”, como são por vezes designadas, são geralmente obrigadas a consultar um ginecologista com regularidade.

Tratamento

Em alguns casos, uma cirurgia pode corrigir, até certo ponto, o defeito anatómico. Um exemplo é a histeroscopia para remover um septo uterino. Os septos vaginais (tecidos que dividem) podem ser também corrigidos através de uma cirurgia sem internamento.
Dependendo do resultado da cirurgia (caso esta seja possível), as técnicas de procriação medicamente assistida são opções de tratamento possíveis para os eventuais problemas de infertilidade causados por estes defeitos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
http://www.fertilidadeumaviagem.com/exames_e_diagnostico/diagnostico_feminino/patologia_das_trompas_utero/defeitos_congenitos_uterinos_vaginais/index.asp?C=68542406838599652778
http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=674
POSTADO POR :ERIELLE ANTUNES BARBOSA



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