Síndrome de Down
Atividade Física Quando Sim e Quando Não
Como não poderia deixar de ser, essas crianças são classificadas em grupo especial e para fazer atividade física o profissional de Educação Física deve estar alinhado com a equipe multidisciplinar que em princípio já as acompanha desde o nascimento. A Síndrome tem algumas características importantes na questão da saúde diretamente relacionadas com a atividade física adequada caso a caso, são elas:
Cardiopatias congênitas – Podem estar presentes em 50% dos casos. A criança deve passar logo ao nascimento, por um minucioso exame cardiológico a fim de detectar qualquer alteração na estrutura e funcionamento do coração e ser corrigido o mais breve possível. Os mais comuns são um defeito do canal atrioventricular, a comunicação interventricular ou inter-atrial e a Tetralogia de Fallot. Mais tarde alguns sinais podem ser indicadores de problemas não manifestados antes tais como o baixo ganho de peso, desenvolvimento mais lento quando comparada às outras crianças com a mesma Síndrome, malformações torácicas, cianose de extremidades e cansaço constante.
As atividades aeróbias são bem indicadas desde que a criança esteja liberada pelo médico. Caso haja restrições o profissional de Educação Física deve saber quais são e, se possível, fazendo a troca de informações direta com o médico da criança.
Problemas Respiratórios – Quando não existir impedimentos médicos a natação é bastante aconselhada por conta de um trabalho preventivo do sistema respiratório. As crianças com a Síndrome são suscetíveis a constantes resfriados e pneumonias de repetição por causa de uma predisposição imunológica e à própria hipotonia da musculatura do sistema respiratório. Como o uso repetido de antibióticos é desaconselhável os exercícios de sopro, a respiração forçada na água e todos que aumentem a resistência cardiorrespiratória são sugeridos especialmente nos períodos de boa saúde da criança. Como a natação por si só, não ser uma atividade natural do ser humano tendo que aprender a dominar as características físicas da água para flutuar, se deslocar e respirar, para as crianças com a Síndrome já representa mais um desafio que elas normalmente se adaptam com facilidade. Além disso, associa-se o cuidado com a higiene nasal e manobras que evitem o acúmulo de secreção. A essas crianças não deve ser imposta regras fixas. Através de brincadeiras na água elas podem estar exercitando o fundamento específico. No caso da natação deve-se ter também mais cuidado com as possíveis inflamações de ouvido, uma vez que 60 a 80% dessas crianças apresentam rebaixamento auditivo uni ou bilateral podendo causar desde leves déficits auditivos até aumento de cera no canal do ouvido e acúmulo de secreção.
Instabilidade Atlanto-Axial (Coluna Cervical) – Trata-se de um espaço maior entre a 1ª e 2ª vértebras, respectivamente Atlas e Áxis, que essas crianças podem apresentar por conta de alterações anatômicas e pela hipotonia dos músculos e ligamentos do pescoço. O exame de Raios-X a partir de dois anos e meio a três nas posições de flexão, extensão e neutra tira a dúvida e conduz ao tratamento certo. Em função disso as atividades de impacto e os movimentos bruscos que podem ocorrer no nado golfinho, nas cambalhotas e equitação são contra indicados. No caso da equitação as crianças liberadas pelo médico podem e devem praticar com bons resultados.
Tireóide – A obesidade e o atraso no desenvolvimento geral da criança podem ter como causa o hipotireoidismo presente em 10% das crianças e 13 a 50% dos adultos com a Síndrome. Isso tem controle na grande maioria dos casos. A Visão – Os índices apontam que 50% têm dificuldade para enxergar longe e 20% para perto. Nada que não possa ser solucionado desde a infância.
As crianças com Síndrome de Down se desenvolvem normalmente se acompanhadas, tratadas e estimuladas cedo. Vários trabalhos mostram que as respostas fisiológicas induzidas pelo exercício físico são semelhantes às não portadoras e a expectativa de vida aumentou a partir do acesso à informação ajudando a quebrar o preconceito.
Como não poderia deixar de ser, essas crianças são classificadas em grupo especial e para fazer atividade física o profissional de Educação Física deve estar alinhado com a equipe multidisciplinar que em princípio já as acompanha desde o nascimento. A Síndrome tem algumas características importantes na questão da saúde diretamente relacionadas com a atividade física adequada caso a caso, são elas:
Cardiopatias congênitas – Podem estar presentes em 50% dos casos. A criança deve passar logo ao nascimento, por um minucioso exame cardiológico a fim de detectar qualquer alteração na estrutura e funcionamento do coração e ser corrigido o mais breve possível. Os mais comuns são um defeito do canal atrioventricular, a comunicação interventricular ou inter-atrial e a Tetralogia de Fallot. Mais tarde alguns sinais podem ser indicadores de problemas não manifestados antes tais como o baixo ganho de peso, desenvolvimento mais lento quando comparada às outras crianças com a mesma Síndrome, malformações torácicas, cianose de extremidades e cansaço constante.
As atividades aeróbias são bem indicadas desde que a criança esteja liberada pelo médico. Caso haja restrições o profissional de Educação Física deve saber quais são e, se possível, fazendo a troca de informações direta com o médico da criança.
Problemas Respiratórios – Quando não existir impedimentos médicos a natação é bastante aconselhada por conta de um trabalho preventivo do sistema respiratório. As crianças com a Síndrome são suscetíveis a constantes resfriados e pneumonias de repetição por causa de uma predisposição imunológica e à própria hipotonia da musculatura do sistema respiratório. Como o uso repetido de antibióticos é desaconselhável os exercícios de sopro, a respiração forçada na água e todos que aumentem a resistência cardiorrespiratória são sugeridos especialmente nos períodos de boa saúde da criança. Como a natação por si só, não ser uma atividade natural do ser humano tendo que aprender a dominar as características físicas da água para flutuar, se deslocar e respirar, para as crianças com a Síndrome já representa mais um desafio que elas normalmente se adaptam com facilidade. Além disso, associa-se o cuidado com a higiene nasal e manobras que evitem o acúmulo de secreção. A essas crianças não deve ser imposta regras fixas. Através de brincadeiras na água elas podem estar exercitando o fundamento específico. No caso da natação deve-se ter também mais cuidado com as possíveis inflamações de ouvido, uma vez que 60 a 80% dessas crianças apresentam rebaixamento auditivo uni ou bilateral podendo causar desde leves déficits auditivos até aumento de cera no canal do ouvido e acúmulo de secreção.
Instabilidade Atlanto-Axial (Coluna Cervical) – Trata-se de um espaço maior entre a 1ª e 2ª vértebras, respectivamente Atlas e Áxis, que essas crianças podem apresentar por conta de alterações anatômicas e pela hipotonia dos músculos e ligamentos do pescoço. O exame de Raios-X a partir de dois anos e meio a três nas posições de flexão, extensão e neutra tira a dúvida e conduz ao tratamento certo. Em função disso as atividades de impacto e os movimentos bruscos que podem ocorrer no nado golfinho, nas cambalhotas e equitação são contra indicados. No caso da equitação as crianças liberadas pelo médico podem e devem praticar com bons resultados.
Tireóide – A obesidade e o atraso no desenvolvimento geral da criança podem ter como causa o hipotireoidismo presente em 10% das crianças e 13 a 50% dos adultos com a Síndrome. Isso tem controle na grande maioria dos casos. A Visão – Os índices apontam que 50% têm dificuldade para enxergar longe e 20% para perto. Nada que não possa ser solucionado desde a infância.
As crianças com Síndrome de Down se desenvolvem normalmente se acompanhadas, tratadas e estimuladas cedo. Vários trabalhos mostram que as respostas fisiológicas induzidas pelo exercício físico são semelhantes às não portadoras e a expectativa de vida aumentou a partir do acesso à informação ajudando a quebrar o preconceito.
ALGUNS DADOS NA MUSCULAÇÃO E ATIVIDADES GENERALIZADAS
Como já vimos, a Síndrome de Down tem origem num acidente genético do cromossomo 21, por isso também denominado trissomia do 21, e que as crianças portadoras, apesar das dificuldades podem se desenvolver quase naturalmente dependendo das oportunidades a elas ofertadas desde o nascimento. Os estudos nessa área, se comparadas com outros, demoraram a serem feitos, pois há algumas décadas ainda acreditava-se em má formação do bebê durante a gestação. Hoje se sabe que o acidente genético ocorre durante a formação e uma nova célula ou no momento de sua divisão. Ficou também constatado que as chances do acidente genético aumentam em mães com mais de trinta e cinco anos, pais com mais de cinqüenta e cinco ou um dos dois, independente da idade, tenham um defeito genético não manifestado podendo ser herdado pelo filho. Claro, não é uma regra, mas as chances são maiores como também não serão todos os filhos a herdar a Síndrome.
Com todos os recursos da Medicina e da Ciência, hoje é possível detectar a Síndrome durante a gestação, mas não a correção ou evitar a manifestação.
A hipotonia caracterizada pela flacidez muscular e ligamentar é um dos problemas que acompanha a criança por toda a vida, mas que varia de intensidade caso a caso. Sendo assim, depois de uma profunda avaliação das reais condições físicas e psicológicas da criança e suas limitações, a prescrição de exercícios físicos para a população especial deve seguir critérios rígidos para não causar atrasos no desenvolvimento mantendo o interesse em alta.
A atividade física é de fundamental importância na qualidade de vida de qualquer ser humano e nas crianças com a Síndrome não é diferente. Vimos de que forma e porque a natação e a equoterapia podem beneficiar o desenvolvimento assim como a variedade de atividades de acordo com a preferência da criança.
Como a musculação e/ou a ginástica localizada aumentam a resistência muscular, se caracterizando numa atividade que pelo menos teoricamente poderia influenciar de modo positivo na melhora da hipotonia muscular que afeta as crianças com a Síndrome, seria essa atividade indicada? Teoricamente sim e existe trabalho publicado pela professora Mestre e Doutoranda em Educação Especial Maria Georgina Marques Tonello da UFSCar e colaboradores. Embora o trabalho tenha sido feito com apenas um voluntário, o treinamento promoveu aumento desejado da resistência muscular localizada de todos os grandes grupos musculares envolvidos: peitoral, costas e abdome. Entretanto, também proporcionou alterações em outras medidas antropométricas tais como o peso corporal, dobra cutânea subescapular, circunferência do tórax, da cintura, do antebraço direito, do quadril e massa magra, o que sugere mais estudos posteriores.
O treinamento da resistência muscular foi priorizado visando à melhora das atividades funcionais do ser humano que no caso melhorou: andar, correr, brincar, subir e descer escadas, passear, trabalhar e etc. sem se cansar.
Sabe-se que outro problema acompanhando as crianças com a Síndrome é a obesidade com origem na disfunção da tireóide. Sobre isso os professores Hernán Ariel Villagra e Laura Luna Oliva (Espanha), realizaram um grande estudo com 504 crianças de ambos os sexos com idades variando entre 6 e 17 anos afetadas com a Síndrome, todos os alunos de colégios específicos de Educação Especial de comunidades autônomas de Madrid. Eles compararam o índice gordura corporal entre as crianças que não praticam atividades físicas com as que praticam atividades generalizadas e a natação. O resultado mostrou que as do grupo não praticantes têm índices de gordura maior e entre os grupos das atividades generalizadas e a natação o índice é menor com ligeira vantagem para as atividades gerais.
Ficou claro que os problemas de obesidade se acentuam na adolescência entre 15 e 16 anos para ambos os sexos havendo mais concentração de gordura central sugerindo incentivo maior de prática de exercícios físicos nessa fase. Sabe-se que gordura central está relacionada com possíveis problemas cardíacos para qualquer pessoa, imaginem para as portadoras da Síndrome. Enfim, como falamos todo o tempo às crianças com a Síndrome de Down necessitam de cuidados, não de isolamento.
Como já vimos, a Síndrome de Down tem origem num acidente genético do cromossomo 21, por isso também denominado trissomia do 21, e que as crianças portadoras, apesar das dificuldades podem se desenvolver quase naturalmente dependendo das oportunidades a elas ofertadas desde o nascimento. Os estudos nessa área, se comparadas com outros, demoraram a serem feitos, pois há algumas décadas ainda acreditava-se em má formação do bebê durante a gestação. Hoje se sabe que o acidente genético ocorre durante a formação e uma nova célula ou no momento de sua divisão. Ficou também constatado que as chances do acidente genético aumentam em mães com mais de trinta e cinco anos, pais com mais de cinqüenta e cinco ou um dos dois, independente da idade, tenham um defeito genético não manifestado podendo ser herdado pelo filho. Claro, não é uma regra, mas as chances são maiores como também não serão todos os filhos a herdar a Síndrome.
Com todos os recursos da Medicina e da Ciência, hoje é possível detectar a Síndrome durante a gestação, mas não a correção ou evitar a manifestação.
A hipotonia caracterizada pela flacidez muscular e ligamentar é um dos problemas que acompanha a criança por toda a vida, mas que varia de intensidade caso a caso. Sendo assim, depois de uma profunda avaliação das reais condições físicas e psicológicas da criança e suas limitações, a prescrição de exercícios físicos para a população especial deve seguir critérios rígidos para não causar atrasos no desenvolvimento mantendo o interesse em alta.
A atividade física é de fundamental importância na qualidade de vida de qualquer ser humano e nas crianças com a Síndrome não é diferente. Vimos de que forma e porque a natação e a equoterapia podem beneficiar o desenvolvimento assim como a variedade de atividades de acordo com a preferência da criança.
Como a musculação e/ou a ginástica localizada aumentam a resistência muscular, se caracterizando numa atividade que pelo menos teoricamente poderia influenciar de modo positivo na melhora da hipotonia muscular que afeta as crianças com a Síndrome, seria essa atividade indicada? Teoricamente sim e existe trabalho publicado pela professora Mestre e Doutoranda em Educação Especial Maria Georgina Marques Tonello da UFSCar e colaboradores. Embora o trabalho tenha sido feito com apenas um voluntário, o treinamento promoveu aumento desejado da resistência muscular localizada de todos os grandes grupos musculares envolvidos: peitoral, costas e abdome. Entretanto, também proporcionou alterações em outras medidas antropométricas tais como o peso corporal, dobra cutânea subescapular, circunferência do tórax, da cintura, do antebraço direito, do quadril e massa magra, o que sugere mais estudos posteriores.
O treinamento da resistência muscular foi priorizado visando à melhora das atividades funcionais do ser humano que no caso melhorou: andar, correr, brincar, subir e descer escadas, passear, trabalhar e etc. sem se cansar.
Sabe-se que outro problema acompanhando as crianças com a Síndrome é a obesidade com origem na disfunção da tireóide. Sobre isso os professores Hernán Ariel Villagra e Laura Luna Oliva (Espanha), realizaram um grande estudo com 504 crianças de ambos os sexos com idades variando entre 6 e 17 anos afetadas com a Síndrome, todos os alunos de colégios específicos de Educação Especial de comunidades autônomas de Madrid. Eles compararam o índice gordura corporal entre as crianças que não praticam atividades físicas com as que praticam atividades generalizadas e a natação. O resultado mostrou que as do grupo não praticantes têm índices de gordura maior e entre os grupos das atividades generalizadas e a natação o índice é menor com ligeira vantagem para as atividades gerais.
Ficou claro que os problemas de obesidade se acentuam na adolescência entre 15 e 16 anos para ambos os sexos havendo mais concentração de gordura central sugerindo incentivo maior de prática de exercícios físicos nessa fase. Sabe-se que gordura central está relacionada com possíveis problemas cardíacos para qualquer pessoa, imaginem para as portadoras da Síndrome. Enfim, como falamos todo o tempo às crianças com a Síndrome de Down necessitam de cuidados, não de isolamento.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
http://www.cdof.com.br/deficientes6.htm
POSTADO POR:
JÉSSICA LANY BONFIM DOS SANTOS
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